Deputados do BE vão à concentração de "precários" da UA.

2018-02-16 07:24

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O Bloco de Esquerda junta-se ao protesto de investigadores e trabalhadores não docentes que pretendiam a sua integração nos quadros da Universidade de Aveiro. É uma ação contra a recusa de regularizar 300 vínculos laborais.

Agendada para esta manhã, a concentração de docentes e não docentes vai contar com a presença de representantes do Bloco de Esquerda.

“Chegou ao conhecimento do Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda que os representantes da Universidade de Aveiro na Comissão de Avaliação Bipartida da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (CAB-CTES) consideraram que cerca de 300 docentes, trabalhadores não docentes e investigadores daquela universidade não correspondiam a necessidades permanentes da instituição, isto é, a quase totalidade dos casos presentes à comissão estariam a trabalhar há muitos anos sem constituírem necessidades permanentes”, adianta o BE que encara a contestação como justa uma vez que pode abrir caminho a despedimentos.

“O Programa de Regularização de Vínculos Precários na Administração Pública (PREVPAP) serve para regularizar situações de abuso da administração na utilização de trabalho precário. A forma como a Universidade de Aveiro está a tratar a maioria dos trabalhadores que pretende regularizar os seus vínculos laborais através deste processo é, a confirmar-se, um desrespeito à lei e aos próprios trabalhadores em causa”.

Os deputados do Bloco de Esquerda, Moisés Ferreira e Luís Monteiro, estarão presentes na concentração em solidariedade com os docentes, trabalhadores não docentes e investigadores da Universidade de Aveiro, que se realiza ao final da manhã e pedem a intervenção do Ministro Manuel Heitor.

“A atuação imediata do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior impõe-se não só para a efetiva resolução deste caso concreto como também para todas as outras situações semelhantes que ocorram ou venham a ocorrer noutras instituições de ensino superior no âmbito deste programa”.

A Reitoria ainda não tomou posição sobre esta contestação sabendo-se que a academia aveirense é das que enfrenta menor peso de "precários" no seu quadro laboral.