1º de Maio: Sindicatos pedem governo que "impulsione o desenvolvimento de Portugal".

2024-05-02 07:26

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Trabalhadores do Distrito de Aveiro celebraram o 1º de Maio na praça do Rossio.

A iniciativa dos Sindicatos e da União dos Sindicatos de Aveiro/CGTP-IN reuniu milhares no habitual desfile na avenida Dr Lourenço Peixinho e pela praça do Rossio onde foram proferidos os discursos.

Dia Internacional do Trabalhador com palavras de ordem em defesa dos trabalhadores.

“Maio está na rua, a luta continua; Mais salário melhores pensões; Queremos Paz, pão e o direito à habitação; Para o país avançar salários aumentar; Paz sim Guerra não!; Precariedade é injusta, os jovens estão em luta!; 35 horas - para todos sem demoras!; O público é de todos! Privado é só de alguns!; Liberdade sindical é direito constitucional!; Saúde, Educação e Segurança Social é direito universal!; Contratação sim! caducidade não!; É inter, é jovem, é Interjovem!” foram alguns dos slogans gritados na rua.

Mário Reis, dirigente da Interjovem, lembra que os sucessivos governos “falharam na garantia do bem estar da população o que empurrou milhares de jovens talentos formados à custa dos portugueses para o estrangeiro”.

Terminou, exigindo um governo que, “finalmente”, impulsione o desenvolvimento de Portugal.

“O país precisa de políticas públicas que promovam o crescimento económico e a criação de real emprego para os jovens”.

Adelino Nunes, Coordenador da União dos Sindicatos de Aveiro, começou por saudar todos os trabalhadores que tem estado em luta pelo aumento dos salários e por direitos.

Fez uma saudação particular à luta sob o Lema “A Rua Também é Palco” que vários artistas estão a realizar em defesa da cultura e “contra o roubo que constituem o valor das licenças cobradas pela Câmara de Aveiro”.

Saudou os trabalhadores em greve e presentes na manifestação da CEX, da Runningball, do Auchan, do Pingo Doce e do Intermache pela exigência do encerramento das grandes superfícies aos domingos e feriados, entre outros direitos.

Terminou com “apelo à Paz”, com a “manifestação de solidariedade a todos os que são vitimas da guerra” e apelou aos presentes para participarem na ação de solidariedade com a Palestina, sob o lema “PAZ no Médio Oriente! Palestina Independente! Fim ao genocídio!” que se irá realizar no dia 9 de Maio, pelas 17h30, no Largo da Estação, em Aveiro.

No final, foi aprovada uma Resolução, onde os presentes assumiram o compromisso de intensificar a luta reivindicativa nos seus locais de trabalho.

Ação que visa o “aumento geral e significativo dos salários para todos os trabalhadores, em pelo menos 15% com um mínimo de 150€, a valorização das carreiras e profissões, e o aumento do salário mínimo para 1.000€; a reposição do direito de contratação colectiva, com a revogação da caducidade bem como das restantes normas gravosas da legislação laboral, e a reintrodução plena do princípio do tratamento mais favorável ao trabalhador; a redução do horário para as 35 horas de trabalho semanal para todos, sem redução de salário, contra a desregulação dos horários, adaptabilidades, bancos de horas e todas as tentativas de generalizar a laboração contínua e o trabalho por turnos; o combate à precariedade nos sectores privado e público, garantindo que a um posto de trabalho permanente corresponda um contrato de trabalho efectivo; o aumento das pensões de reforma, de forma a repor e melhorar o poder de compra dos reformados e pensionistas; o reforço do investimento nos serviços públicos, nas funções sociais do Estado e na valorização dos trabalhadores da administração pública, para assegurar melhores serviços às populações”.