CP: Presidente do Gafanha exige respeito pelo Clube. Arbitragens muito contestadas. "Somos guerreiros e lutaremos até ao fim contra tudo e contra todos" - João Paulo Ramos.

2016-11-08 09:01

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O Presidente da Direcção do GD Gafanha lamenta os incidentes verificados no final do jogo com o Tourizense, no passado domingo, no Complexo Desportivo da Gafanha da Nazaré (Campeonato de Portugal). Após a derrota caseira, (1-2), vários agentes desportivos envolveram-se em cenas de agressões mútuas, ainda em pleno relvado.

A atuação da equipa de arbitragem, chefiada por Daniel Cardoso, foi muito contestada pelos gafanhenses. "Foi uma péssima arbitragem", disse João Paulo Ramos, líder do Clube, no programa 'Segunda Parte' emitido ontem na Terra Nova.

O Gafanha diz-se perseguido pelas arbitragens "jogo após jogo". "Temos reparado que com o passar do tempo, quando demonstrámos que o nosso projeto era ambicioso e válido, os nossos adversários perceberam que não estávamos a brincar e as coisas negativas começaram a acontecer. Querem prejudicar o nosso projecto. O Jogo com o FC Porto deu visibilidade ao Clube e começámos a sentir que somos um alvo a abater, domingo a domingo", referiu João Paulo Ramos que se diz "indignado e revoltado" com a situação. (com áudio)

O dirigente desportivo revelou que não esperava viver preocupado com a atuação dos árbitros, nos jogos do Gafanha para o campeonato.

"Internamente falámos sobre o problema. Eu não acreditava que isto pudesse acontecer. As arbitragens são impensáveis, nunca esperei ver uma coisa destas. Prejudicam-nos sempre. Temos os jogos filmados e podemos comprovar que os erros dos árbitros aconteceram".

Sobre os incidentes no final do jogo de domingo, vincou que "aconteceram agressões aos nossos jogadores, dentro do campo. O árbitro teve uma péssima arbitragem e, a quente, reagimos mas, somos contra todo o tipo de violência. Respeitamos toda a gente".

O Gafanha diz-se prejudicado pelos árbitros no Campeonato de Portugal.

João Paulo Ramos apela à união da 'família' de associados e adeptos do Clube. "Sou um 'adepto' do Gafanha muito vibrante. Defendo a minha 'dama' sem problemas e com 'nervo'. Os adeptos do Gafanha não estão ainda bem preparados para a filosofia que quero implementar aqui", disse, adiantando que pretende "atitude guerreira, em permanência". "Em nossa casa mandamos nós. Ninguém vem aqui brincar com a nossa dignidade. Na minha casa mando eu. Quem vem de fora não vem mandar no que é nosso", sublinhou.

Sobre um eventual castigo imposto pela Comissão de Disciplina da Federação João Paulo Ramos descarta essa possibilidade. "Se alguém for punido não serei eu, nem os meus. Com arbitragens tão más, não seremos nós a ser castigados. Espero para ver se a verdade vai ser dita e acredito na justiça desportiva". A equipa gafanhense lidera a prova, (Série D), a par do Anadia, ambos com 19 pontos.