Ílhavo: Leme confirma o município como “território fértil para o circo contemporâneo".

2018-12-05 07:18

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O Festival LEME, dedicado ao circo contemporâneo, em Ílhavo, registou uma presença de público que a Câmara de Ílhavo define como “sucesso”.

Foram, nas contas da autarquia, “milhares de pessoas” em quatro dias de festival, em Ílhavo e pela Gafanha da Nazaré, as cidades que acolheram as dezenas de espetáculos do LEME, o festival de circo contemporâneo que, na sua primeira edição, ocupou 13 espaços não convencionais do Município.

Mercados, garagens, jardins, espaços culturais e ruas acolheram espetáculos internacionais.

Centenas de pessoas, entre artistas e comitivas, bem como algumas das escolas de circo mais importantes do país, como a SALTO e o Chapitô, estiveram representadas através de alunos e profissionais que participaram ativamente no LEME.

Os debates vieram confirmar as diferentes visões para o futuro da arte. Na visão catalã do circo contemporâneo, a mensagem foi a de que deve “evitar-se a institucionalização do circo como caminho para a promoção da identidade artística dos criadores, contribuindo para a sua liberdade e contrariando fórmulas comerciais”.

Já na conversa que discutiu o cenário na Bélgica, e que incluiu a companhia Petri Dish, do espetáculo Driften, e a Post Uit Hessdalen, do espetáculo Pakman, falou-se em “duas Bélgicas”, no sentido de “duas regiões que funcionam com políticas culturais não integradas”.

No debate que questionou “o que é o circo hoje”, que juntou Ana Jordão, Phillipe Vande Weghe, Tina Koch e Tomas Vaclavek, foi unânime que “é necessária uma educação artística ativa”, focada em “escolas mais abertas e potenciadoras de liberdade e desenvolvimento individual dos estudantes, promovendo o seu risco criativo e potenciando a inovação”.

A autarquia reporta ainda uma mensagem da Ministra da Cultura no encerramento do evento. Graça Fonseca esteve presente no espetáculo “Chama do Mar”, uma criação de Ana Jordão e dos ilhavenses André Imaginário e Vanessa Marques Oliveira.

Sobre a visita ao festival, o Gabinete da Ministra da Cultura, afirmou que o 23 Milhas é um “projeto que mostra como a cultura pode e deve atrair públicos a partir de diversas realidades locais”.

Mensagem que mereceu o sublinhado da equipa liderada por Fernando Caçoilo que vê no LEME o festival que afirma Ílhavo como “território fértil para o circo contemporâneo, não só em termos da adesão do público, mas da possibilidade dos espaços e da dinâmica vencedora dos parceiros que o organizaram".

Iniciativa a cargo do projeto 23 Milhas, do Município de Ílhavo, a Bússola, o Institut Ramon Lull e a Flanders Today”.